sexta-feira, 26 de março de 2010

DE CAIM E ABEL A...

...ISABELA NARDONI

É como sempre digo, a vida é uma ciranda, a sociedade é um circo. Caim matou Abel por ciúmes ou sei lá porque, o fato é que, conta a lenda, mas naquele paraíso não existia uma mídia nem uma sociedade ansiosa por espetáculos mórbidos como a atual: moderna, pós-moderna ou outra qualquer denominação que se queira dar.
A verdade que o fato aconteceu, e tragicamente ISABELA MORREU, morreu com a sua feição de anjo, e, não merecia tudo o que ocorreu depois, e, vem acontecendo até os dias atuais. Ou seja, a carnavalização da sua morte. Isabella morreu como tantas outras que morrem diariamente vítima da falta de respeito a VIDA (própria ou alheia) que permeiam toda uma sociedade dita civilizada e que na verdade é pior que a barbárie dos tempos chamados por nós de TEMPOS SELVAGENS.
Morreu Isabela, morremos nós. O que de fato aconteceu na cena do crime não mudará os fatos, pois apesar dos indícios (fortes ou fracos dependendo do ponto de vista) só existem apenas indícios e uma tremenda obsessão em achar os culpados ràpidamente , A SOCIEDADE TEM PRESSA, afinal as nossas mazelas sociais tem que ser "solucionadas" antes da próxima tragédia.
Os culpados já foram escolhidos, se foram eles, pouco importa, afinal alguém tem que responder pela nossa incompetência em construir uma sociedade que viva em paz e harmonia. O espetáculo da sociedade circense tem que continuar.
E Você? Tem certeza, da culpa real dos eleitos pela mídia? !!!

segunda-feira, 15 de março de 2010

POR QUE A VIDA É UMA CIRANDA?

... A PERGUNTA

Pensava eu na minha humilde ignorância, que nunca (nunca é um tempo muito grande) iria ter que explicar ou responder a esta pergunta. Na verdade gostaria de não precisar responder, pois a vida simples nos mostra que a VIDA DE FATO É UMA CIRANDA.
UMA CIRANDA, no fato que a vida, deveria apenas ser vivida prazerosamente e nunca pensada, até que o tempo se encarregasse do seu término. Então fica, para os que querem complicar o que é simples a pergunta: mas afinal qual é o sentido da VIDA? E, do alto da minha insignificância prazerosa respondo solenemente: O SENTIDO DA VIDA É O PRÓPRIO VIVER, EM PAZ E HARMONIA COM TODA A SIMPLICIDADE COM QUE ELA SE APRESENTA. O resto como diria, um qualquer, em sua sabedoria é: procurar pelo em ovo.
O mal da humanidade foi usar: o pensamento, a memória para se auto- escravizar. Não sei se os animais, dito irracionais ficam preocupados com o seu fim, creio que não, por isso eles vivem despreocupados, com o futuro e se utilizando de tudo que a vida lhes dá, sem ônus a não ser o de lutar pela sobrevivência. Já o homem com a sua pretensa sabedoria e que se acha o dono da história, mal consegue sobreviver sem a parafernália (na maioria das vezes supérflua) que ele próprio criou.
A começar das comunidades que deu origem ao mundo moderno, sem pensar nessa "história"que a natureza é perfeita e é o homem que estraga, afinal de contas somos nós, HOMENS,FRUTO DESSA MESMA NATUREZA, PORTANTO somos a natureza.
Essa "história" de perfeição da natureza, é o mal do homem, PRIMEIRO porque não existe um único modelo de PERFEIÇÃO E TAMBÉM COMO PROCESSO estará sempre em contínua transformação, portanto perfeição é incompatível com o processo de viver. SÓ VIVENDO, usando o PENSAMENTO, como instrumento da realização dos nossos sentires, é que poderemos conhecer a simplicidade da vida e a grande CIRANDA QUE A VIDA É.
Você já resolveu algum problema sério só PENSANDO em uma solução? Você já percebeu que quando menos você pensa num problema a solução aparece como num passe de mágica? Sua vida foi toda planejada? Se alguma coisa diferente do planejado, acontece, o que você faz...

terça-feira, 9 de março de 2010

A VIDA SEM DISTINÇÃO...


A TERRA É DA HUMANIDADE... OU ... COMEMORAR O DIA DE...

É, PARA MIM, irônico comemorar o Dia Internacional das Mulheres,criado em 1910, pois desde que a humanidade começou a aparecer neste planeta, azul chamado TERRA, A VIDA EM SUA GRANDE CIRANDA FOI E SEMPRE SERÁ DAS MULHERES. Ora, se é assim, penso: logo não tenho e acredito que nem as mulheres tem o que comemorar.
O dia disto, dia daquilo e que tais, nada mais são que “concessões” dos donos ou dos que estão por cima aos que estão por baixo. Assim temos o “’DIA DO INDIO”, O “DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA”, O “DIA DO PROFESSOR”, o “DIA DAS MÃES” e vai por aí a fora “comemorando” dias sem fim de quem sempre esteve por baixo; nunca iremos comemorar o dia DO GRANDE CAPITALISTA.
É por isso que tenho comigo que comemorar o DIA DA MULHER, é uma ironia, porque a terra sempre será como sempre foi desde o inicio, da humanidade. Nos primórdios da humanidade quando não se sabia da função do homem na fecundação feminina, a TERRA ou as pequenas comunidades até então existentes eram todas, LIDERADAS (este é o melhor termo) por mulheres, como de fato poderemos ler em alguns mestres da antropologia (aqui não me lembro de algum para ser recomendado, mas em qualquer boa livraria se o leitor quiser poderá encontrar. Vemos também em REICH, que estudou uma tribo de selvagens nas ilhas de Trobilland, mais ou menos por volta de 1935 a 1948 que eles também eram liderados pelas, mulheres , pois até então, lá, não se sabia do papel do homem na fecundação feminina.
O homem, O MACHO DA ESPÉCIE HUMANA, usando da sua maior força física só começou a se, impor a partir do momento que ele descobriu a sua função de reprodutor, e, ai começou então a luta pelo poder possessório do que era então considerada a riqueza da época, as terras. Possuir terras era o que dava poderes. Como a mulher sabe de quem ela é mãe e o homem não TEM CERTEZA, e como ele saia muito para a caça, lembrem-se que não havia teste de DNA. Não teria como saber quais eram os seus verdadeiros filhos e com medo de passar sua herança a qualquer um. Começou por impor, as virgens, a VIRTUDE DA CASTIDADE e as casadas a FIDELIDADE CONJUGAL. Assim para ele estava tudo resolvido, garantia-se, a certeza da paternidade.
Isto prevaleceu até meados da década de 60 do século passado, onde até o prazer feminino era amputado na mulher. Mulher que tinha prazer na relação sexual com seu marido poderia sofrer algumas penalidades sociais e acredito até legais. Bastaria ao marido denunciá-la socialmente, para que alguma represália fosse impingida a sua ESPOSA OU ATÉ EX-ESPOSA (em alguns casos pelos idos dos anos 20/30 com certeza aconteceu). Não foram poucos os crimes para “lavar a honra” do marido. Quando então a geração 45/50 do século passado começou a discutir novas maneira de viver. Paz e amor, esse era o lema.
Menos repressão e liberdade para todos, para ambos os sexos. Queríamos uma sociedade mais livre, mais compreensiva mais aberta. Homem e mulher compartilhando a VIDA e não mais uma mulher submissa. A Pílula Anticoncepcional favoreceu a liberdade sexual da mulher, e, facilitou transas , ocasionais às mulheres, muito comum para os homens desde sempre. E tudo caminhava para um entrosamento entre o feminino e o masculino. Até que foi feita a revolução feminista, tendo como uma das expoentes máxima Betty Friedman, foi aí então, que se perdeu o ponto da maionese, colocando homens e mulheres em fronts diferentes,DE NOVO?!
Como disse Lampedusa, em seu celebre romance O LEOPARDO: "MUDA-SE TUDO PARA FICAR TUDO IGUAL". Aí tudo voltou a ser como era antes, ou seja, o homem em vez de ter a mulher como companheira, para combater contra o “estabelecido”, que era desfavorável a ela, passou a ter a mulher como competidora no mercado de mão de obra e na vida de forma geral.
Hoje temos o DIA INTERNACIONAL DA MULHER, EM VEZ DE UM DIA INTERNACIONAL DA HUMANIDADE. Que ironia nós que lutamos com muita garra, a luta pela real equanimidade, ficamos digladiando por uma, isonomia, que se formos analisar com mais acuidade, não interessa a nenhuma das partes, pois somos diferentes por natureza. NÃO SE FAZ JUSTIÇA TRATANDO DE MANEIRA IGUAL OS DESIGUAIS. A tal de isonomia serve apenas aos interesses apenas para os donos da economia que pagam menos as mulheres para o desempenho de funções semelhantes. Que vitória é esta a da mulher que devia ser a nossa companheira e que agora tem dupla jornada de trabalho, quando não tripla.
Por isso é que eu gostaria de estar comemorando O DIA DO SER HUMANO, sem diferença de GENERO, DE COR, DE CLASSE SOCIAL, DE TIPO DE TRABALHO E COISA E TAL Por isso eu grito: VIVA O HOMEM, VIVA A MULHER, COMPANHEIROS PARA SEMPRE JUNTOS, PARA LUTARMOS PELA HARMONIA E PAZ, NA TERRA .
E você mulher, companheira continua, achando que ganhou buscando a isonomia com seu companheiro? Será que vamos continuar em lados opostos? Até quando? Alguém acha que a mulher ganha o mesmo que o homem para desempenhar a mesma função?

sábado, 6 de março de 2010

DA JUVENTUDE DE ONTEM A...


... A JUVENTUDE DE HOJE
Respondendo ao comentário do meu seguidor DB, sobre o que diferencia a juventude de hoje e a juventude das gerações passadas, em duas palavras eu diria que é: FALTA DE PERSPECTIVA . O que eu quero dizer, é que falta, não digo certeza, porque em se tratando de VIDA nada pode ser cem por cento determinado, mas um mínimo de sentido a nortear o seu caminho para um futuro DIGNO. Nas gerações passadas, havia sempre uma casa, a sua casa para retornar. O bom filho a casa torna. E existia quase sempre uma mãe ou pai a espera de um filho para orientá-lo, se fosse necessário e, havia também, um norte, um caminho a ser seguido, e caso não ocorresse nenhum acidente de percurso o futuro estava medianamente assegurado. É como sempre digo não existe na vida nada com 100% de certeza, mas podia se trabalhar com um mínimo de controle sobre o nosso futuro.
Existia também para as gerações passadas, um bom tempo para que os fatos da vida amadurecessem no tempo certo, isto é num tempo em que nossos corações, mentes e corpos estivessem aptos para uma ação com habilidade de respostas, apesar de que vezes sentíssemos: insegurança. Também era visível que existia sempre alguém da família, pai, mãe, tia, avó, avô e coisa e tal para passar valores éticos e morais, de acordo com cada tipo de família. Muito embora isso possa até ser contestado, e era, pela juventude das várias épocas, o que fazia parte até da formação pessoal, servia, de norte as ações, pois para contestá-las e praticar, alguma transgressões seria necessário ter a capacidade de fazer com habilidade e ética.
Com tudo isto a juventude era feliz, e sabia. Grupos de amigos, mas amigos de verdade aquele que não morre por alguém, mas que é capaz de morrer com alguém em defesa de uma boa causa. Aquele que compartilhava de fato suas inseguranças e suas angustias sem medo de que isso fosse ser usado contra ele, uma juventude que dificilmente traia suas amizades.
Nos dias atuais o que vemos? É só assistir um dia desses realities shows muito comum em nossas TVs, para ter a convicção que o vale tudo, e, quando digo vale tudo é porque ética e valores morais já foram todos colocados de lado, por uma "vitória". Tenha ela o valor de um real ou de um milhão e meio de reais. Os realities shows são, a síntese de tudo o que não presta nos atuais dias. Realmente nada pior poderia ser apresentado às nossas crianças. A perda dos valores mínimos, para a boa convivência social, tem é lógico na ausência (quase que forçada) de uma família, seja ela uma família expandida ou não. A verdade é que crianças educadas, por babás ou instituições como creche apresentam comportamentos desviantes, e isto , já é há muito conhecido. Mesmo que, estas instituições, se, apresentem, com nomes bonitinhos: como escolinha maternal, prézinho e que tais.
Vemos hoje a prevalência de um hedonismo brutal, o quero tudo já, a intolerância a frustração que beira a total irracionalidade. Ainda outro dia ouvimos a declaração de um adolescente horripilante, depois de ter atacado o professor com duas facadas no pescoço ele simplesmente declarou: “Eu entrei na classe para falar com um colega, o professor chamou minha atenção e disse que ia chamar a diretora, uma coisa meio babaca. A raiva veio subindo e eu então ataquei’’ Então quando estou com raiva eu faço qualquer coisa, não importa se eu mate ou morra. Tudo bem?!.
No fundo a diferença que existe entre a juventude de hoje e as juventude das gerações passadas, é que a de hoje, tudo tem que ser resolvido agora, porque o futuro, mesmo que seja daqui a minutos ,não existe ,e eu ,não estou bem agora, por isto tudo tem que ser já. Enquanto que para as gerações passadas, valia estar bem agora e esperar a boa oportunidade para que tudo acontecesse no seu devido tempo. Apesar de algumas revoltas, pertencia-se a uma geração de bem com a vida, e, sabia que apesar da ocorrência de algumas surpresas o futuro existiria e valia a pena esperar para colher a fruta madurinha, madurinha.
Você acha que esta juventude vive em paz e harmonia? Que esta geração cuja liberdade é total sabe (mais ou menos) para aonde vai? Qual a porcentagem aproximada de jovens bem centrados? A violência atual, praticada em sua maioria pelos atuais jovens, se compara com as das gerações passadas?

segunda-feira, 1 de março de 2010

LIMITES, COMO EDUCAR...



...NOSSA CRIANÇAS.

Quando escrevi sobre VIVER COM, OU... SEM LIMITES, não esperava tamanha repercussão, pois para mim nada mais natural do que saber conviver com limites, afinal a própria natureza nos impõe limites. Só conhecendo os nossos limites E OS RESPEITANDO, é que podemos viver em paz e em harmonia, seja com a natureza ou na nossa vida social.
É claro que o meio social nos impõe certos limites, que vão contra ao ser animal natural que somos, porém, estes limites não são uma barreira compacta, existem brechas e além do mais, pequenas transgressões, geralmente são bem assimiladas, pelo meio em que vivemos, o que de certa forma contribuem para que os limites sejam alargado, dando origem á novas maneira de ser.
Agora a pergunta que não quer calar: “como colocar limites aos nossos filhos sem o autoritarismo do século passado, e sem descambar para, a baixaria de um total sem limite?” Essa foi a pergunta que mais fizeram, através do MSN, ou pessoalmente meus/minhas amigas (os).
É lógico que como Psicólogo eu, não tenho uma regrinha como se fosse uma receita de bolo, que bastaria segui-la para que tudo dê certo com nossos pimpolhos.
O importante na educação das crianças é manter a coerência concreta dos nossos hábitos na relação com elas, assim quando digo não é não mesmo, estando eu feliz ou em baixo astral. A coisa mais comum que vemos, é que quando os pais estão felizes tudo o que a criança faz é tolerado, é até uma gracinha, com diria HEBE, e ao contrário quando os pais estão em baixo astral tudo vira um monstro e castigam exageradamente, as vezes até sem uma lógica que a criança possa entender.
Outra coisa muito importante, é que criança é criança, e por mais esperta e inteligente que seja ela não passa de uma criança e, portanto, não deve, ser tratada como adulto e nem participar de conversas ou assistir filmes, novelas, peças teatrais e coisa e tal, de adultos. É até engraçadinho, se não fossem trágicas no futuro, como as crianças, principalmente das classes médias altas e altas, querem e os pais deixam, ser adultas antes do amadurecimento necessário a uma vida de acordo com as etapas de vida. Se vestem como adultas, se maquiam como adultas, rebolam como adultas e coisa e tal, em um universo vivencial que não é o da criança. Estamos vivendo então o BOOM, da criança envelhecida, que teve sua infância, que deveria ser inconseqüente e de brincadeiras, amputada. Aí então, quando vemos, adolescentes grávidas, jovens tomando ares de senhor de si, quando nem a capacidade de se auto-sustentar, ainda foi adquirida e essa violência desenfreada, bem como o uso de drogas e bebidas em excesso, vem a célebre pergunta: “onde eu errei?”
A grande verdade é que quando todos os país, saíram de casa, para buscar o sucesso profissional ou cultural, deixaram seus filhos com a baba, em escolinhas ou creches, começaram a sentir a grande culpa. Passaram então a compensar sua ausência, com tudo, liberdade total (que virou libertinagem) e satisfação total dos desejos dos filhotes, não conseguindo colocar os limites de uma sociedade para uma vida melhor. Aí então, estamos vendo a origem de uma juventude, ilimitada e que tudo tem que acontecer no instante que seu desejo se manifestar. São indivíduos, incapazes de ter responsabilidade, RESPONSA (de resposta) ABILIDADE (de ser hábil) para resolver, os seus próprios, desejos no meio onde vivem. Assim temos hoje uma juventude, incapaz de vivenciar uma frustração por menor que seja e incapaz de viver com outros membros do seu meio e que não compartilhem com suas idéias.
Será que a psicologia que virou psicologismo, que ficou entendido, que não se deve, causar traumas na infância, não é a culpada por essa situação? Será que a mídia, principalmente a televisada não está exagerando, em mostrar uma “realidade” não compatível com a situação da maioria do povo brasileiro, que não tem culpa neste estado de coisas?