segunda-feira, 1 de março de 2010

LIMITES, COMO EDUCAR...



...NOSSA CRIANÇAS.

Quando escrevi sobre VIVER COM, OU... SEM LIMITES, não esperava tamanha repercussão, pois para mim nada mais natural do que saber conviver com limites, afinal a própria natureza nos impõe limites. Só conhecendo os nossos limites E OS RESPEITANDO, é que podemos viver em paz e em harmonia, seja com a natureza ou na nossa vida social.
É claro que o meio social nos impõe certos limites, que vão contra ao ser animal natural que somos, porém, estes limites não são uma barreira compacta, existem brechas e além do mais, pequenas transgressões, geralmente são bem assimiladas, pelo meio em que vivemos, o que de certa forma contribuem para que os limites sejam alargado, dando origem á novas maneira de ser.
Agora a pergunta que não quer calar: “como colocar limites aos nossos filhos sem o autoritarismo do século passado, e sem descambar para, a baixaria de um total sem limite?” Essa foi a pergunta que mais fizeram, através do MSN, ou pessoalmente meus/minhas amigas (os).
É lógico que como Psicólogo eu, não tenho uma regrinha como se fosse uma receita de bolo, que bastaria segui-la para que tudo dê certo com nossos pimpolhos.
O importante na educação das crianças é manter a coerência concreta dos nossos hábitos na relação com elas, assim quando digo não é não mesmo, estando eu feliz ou em baixo astral. A coisa mais comum que vemos, é que quando os pais estão felizes tudo o que a criança faz é tolerado, é até uma gracinha, com diria HEBE, e ao contrário quando os pais estão em baixo astral tudo vira um monstro e castigam exageradamente, as vezes até sem uma lógica que a criança possa entender.
Outra coisa muito importante, é que criança é criança, e por mais esperta e inteligente que seja ela não passa de uma criança e, portanto, não deve, ser tratada como adulto e nem participar de conversas ou assistir filmes, novelas, peças teatrais e coisa e tal, de adultos. É até engraçadinho, se não fossem trágicas no futuro, como as crianças, principalmente das classes médias altas e altas, querem e os pais deixam, ser adultas antes do amadurecimento necessário a uma vida de acordo com as etapas de vida. Se vestem como adultas, se maquiam como adultas, rebolam como adultas e coisa e tal, em um universo vivencial que não é o da criança. Estamos vivendo então o BOOM, da criança envelhecida, que teve sua infância, que deveria ser inconseqüente e de brincadeiras, amputada. Aí então, quando vemos, adolescentes grávidas, jovens tomando ares de senhor de si, quando nem a capacidade de se auto-sustentar, ainda foi adquirida e essa violência desenfreada, bem como o uso de drogas e bebidas em excesso, vem a célebre pergunta: “onde eu errei?”
A grande verdade é que quando todos os país, saíram de casa, para buscar o sucesso profissional ou cultural, deixaram seus filhos com a baba, em escolinhas ou creches, começaram a sentir a grande culpa. Passaram então a compensar sua ausência, com tudo, liberdade total (que virou libertinagem) e satisfação total dos desejos dos filhotes, não conseguindo colocar os limites de uma sociedade para uma vida melhor. Aí então, estamos vendo a origem de uma juventude, ilimitada e que tudo tem que acontecer no instante que seu desejo se manifestar. São indivíduos, incapazes de ter responsabilidade, RESPONSA (de resposta) ABILIDADE (de ser hábil) para resolver, os seus próprios, desejos no meio onde vivem. Assim temos hoje uma juventude, incapaz de vivenciar uma frustração por menor que seja e incapaz de viver com outros membros do seu meio e que não compartilhem com suas idéias.
Será que a psicologia que virou psicologismo, que ficou entendido, que não se deve, causar traumas na infância, não é a culpada por essa situação? Será que a mídia, principalmente a televisada não está exagerando, em mostrar uma “realidade” não compatível com a situação da maioria do povo brasileiro, que não tem culpa neste estado de coisas?

2 comentários:

db disse...

este problema da juventude é só de hoje? será?

cidinha marcondes disse...

As vezes me pergunto...Aonde eu errei? não errei, o tempo é outro, a sociedade é que mudou...