terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

VIVER COM OU...


....SEM LIMITES
A moçada de hoje comporta-se como se o mundo fosse acabar amanhã, até acredito que pode acontecer, tantos são os sinais que o meio ambiente vem emitindo, porém nem por isso essa juventude tem o direito e nem a necessidade de viver sem limites, pois a própria mãe natureza impõe seus limites.
O que parece que está acontecendo é que as mães, infelizmente, mais as mães do que os pais, isto porque historicamente, coube a mãe a educação dos filhos (não que eu concorde que deva ser sempre assim) se sentindo culpadas por causa das suas atividades profissionais, acabam por abrirem mão da sua função de mãe para querer se transformar em amiguinhos dos seus filhotes. Com isso elas acabam por perder a sua autoridade e não conseguem estabelecer limites, entre os direitos e deveres, importantes para uma vida em sociedade.
É, muito engraçadinho, até bonitinho ver na TV a mamãe aos beijos e abraços, com seus pimpolhos. Até brincando de colinho com pimpolho já grandinho, na casa dos seus 16/17 anos de idade (ou também, aninhos?!). É engraçado ver um personagem, falando abertamente sobre sua vida sexual e até perguntando sobre a dos pais. Muito interessante também, ver a mãe pegando a filha com o namorado na cama da sua casa e só comentar, da próxima vez tranque a porta. Gente espere aí, isto é ficção, que tem a pretensão absurda de retratar a vida como ela é. E sempre retrata a vida de uma determinada região, não de um país inteiro. Portanto, muito cuidado com a TV, ela seria um ótimo veículo de educação, mas teria que ser regionalizada e melhorar muito sua qualidade de conteúdo.
Diz uma leitora do meu blog, que está muito difícil de impor limites aos jovens de hoje e mais, diz ela também que em todas as gerações, os jovens sempre quiseram romper com seus limites e que isso é natural. Concordo em partes com a opinião dela, porém posso afirmar que em outras gerações, existia rebeldia sim, mas existia o mínimo de respeito com seus iguais e com os mais velhos; existiam valores (morais e sociais) inquestionáveis. Existia uma ética intrínseca além da qual ninguém, mas ninguém mesmo ousaria ultrapassar. Os jovens eram rebeldes sim, as transgressões existiam sim, mas dentro de um limite que sabíamos era bem delimitado, pela educação recebida em casa. Com toda a rebeldia, éramos felizes e sabíamos.
Muito embora eu concorde com a leitora, que é difícil impor limites aos nossos filhos de hoje. É imprescindível que isso seja respeitado, mesmo as duras penas. Mesmo que doa, a vida sem limites irá cobrar e muito, quando esses nossos hoje filhotes, forem adultos, isto é, se conseguirem tantos são as vítimas de tamanha liberdade, da violência e inconsequencia efeitos, desta coisa de querer ser amiguinha(o) dos nossos filhos. Nunca em hipótese alguma, poderemos abdicar da nossa função de mãe e de pai, pois seus próprios filhos irão cobrar quando começarem (tarde de mais) a quebrar de forma muitas vezes irremediável as suas belas carinhas.
As reclamações que mais escuto em meu trabalho, com jovem é: “... meus pais não ligam para que eu faço ”; “não põe limites nas minhas ações.”; “ gritam muito as vezes sem razão por uma besteira a toa, acho que é só porque está com TPM ou porque brigou com meu pai ou com o namorado.” ; “Eles nem sabem aonde vou.” “Deram o celular para controlar, mas eu falo na hora qualquer historinha.” “Eles não ligam mesmo.”
Acho que a nossa sociedade, está no limite do intolerável, está se perdendo o respeito pela própria vida. Mães e pais se encontram numa encruzilhada, pois não acreditam mais na sua capacidade de exercerem as suas funções de autoridades. Não estou falando do autoritarismo do inicio do século passado, falo da autoridade de quem tem mais experiência de vida e de quem conhece os limites de uma sociedade.
Você acredita que uma sociedade vive em paz sem limites sociais? E sua família é feliz sem um mínimo de limites? Acredita que pode ser amiguinha/amiguinho dos seus filhos e trocar confidências? Jovens pais, já perguntaram aos seus jovens filhos se eles são felizes sem qualquer orientação, ou limite?

Um comentário:

FAFÁ disse...

é a questão de confundir autoridade com autoritarismo! muito boa reflexão!