... E consentida.
Sou do tempo, em que, movimentos reivindicatórios apareceram: os movimentos pelas equiparações de gêneros; valorização do negro e do combate ao racismo; da igualdade de pessoas com deficiências e, tantos outros, que procuravam defender as minorias e exigir providências para a melhoria da qualidade de vida destas mesmas minorias, geralmente excluídas e oprimidas pela sociedade.
Naquele tempo, já se ouvia dizer, que quando as autoridades, aquelas que poderiam resolver o problema mas, não queriam de fato, criava-se um, conselho ou comissão, geralmente com nomes pomposos, mas que, sem verbas nenhuma, e que, quase nada podiam fazer. Assim nasceram: o Conselho Estadual da Condição Feminina, Conselho Municipal das Pessoas com Deficiências e coisas e tais. Conselhos que proliferaram pelo Brasil inteiro, na esferas Federais, Estaduais e Municipais. A maioria destes conselhos tinham caráter consultivo, ou seja, uma função, de pouca ou quase nenhuma importância. Isto, ou esta, condição de sem alguma importância, ficou muito acentuada na área das pessoas portadoras de deficiências, ou se quizerem os mais puristas, PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.
Vejamos : se um portador de deficiência pretende comprar um carro, com as isenções que lhe são garantidas por lei, terá este (a) que se submeter a uma maratona burocrática que só alguns conseguem superar, inclusive confirmada, por vários membros do conselho estadual da sua categoria, em uma audiência, a qual estive presente, cujos membros preferiram nem tentar conseguir tais isenções, haja vista, a burocracia existente.
Agora, vejamos : a histórinha dos "PARA ATLETAS". Segundo o dicionário, o prefixo PARA serve para designar o que está a
margem, portanto, não cabe para designar um atleta portador de uma deficiência, já que, uma pessoa é atleta ou não, pelo simples fato de que não existe "PARA PESSOA", a não ser, que se queira, definitivamente oficializar a exclusão de pessoas com alguma deficiência.
Em 2.012 teremos as "OLIMPÍADAS DE LONDRES" e em, 2.014, as "OLIMPÍADAS" no Rio de Janeiro, será que os tais Conselhos não poderiam, PELO MENOS, reivindicar o fim deste prêmio de consolação chamada de "para olimpíadas" e colocar todos os atletas nas mesmas condições das grandes "OLIMPÍADAS", onde todos os atletas, sem excessão, lá estivessem devidamente classificados em suas categorias e condições?