O que mais se ouve é que o ser humano é imperfeito, portanto nós (eu, você e Cia ilimitada) somos imperfeitos. NÃ0, NÃO E NÃO. Não concordo em hipótese alguma com essa tese, primeiro que não existe na natureza um modelo da tal perfeição requerida e, principalmente, porque a definição de perfeição exclui a possibilidade de existir vida perfeita, pois perfeito é uma qualidade de alguma coisa definitiva, pronta e acabada, com um fim específico. VIDA é um processo com começo, meio e fim. Portanto o máximo que podemos falar sobre vida é que ela pode ser extremamente harmoniosa, gostosa de ser vivida. Mas pergunto eu é possível viver em harmonia com tantas convenções, normas, leis etc. e tal que nos torna inseguros, culpados e coisa e tal? Por que, que cada um de nós, indivíduos livres não podemos nos auto regular, tal como os ditos animais irracionais?
Um comentário:
Tudo bem Luis Celso:
Gostei de suas primeiras colocações em seu recém-criado blog. Como consequência daquilo que disse, verificamos hoje uma gama de escritores - geralmente da área de psicologia (os chamo mais de "pseudopsicólogos") - que se acham os donos da verdade, alardeando as mais esperançosas teorias acerca de como viver melhor no mundo de hoje, através da publicação de inúmeros livros de auto-ajuda (e vendem, hein?! Sei porque minha mãe teve livraria) e, ao que parece, colocando a psicologia séria (Lacan, Freud, etc) como algo descartável.
Ao meu ver, a coisa fica mais séria porque misturam teorias não completamente comprovadas da área de neurolinguística com dogmas religiosos. Esses dias vi uma entrevista com o Schinyashiki (ele e suas 24 dicas para ser feliz!!) e seu último livro agora é uma mistureba total de tudo o que ele já havia escrito em termos de auto-ajuda e...adivinhe? Isso mesmo: religiosidade pura.
O que parece, a meu ver, é que devemos crer em algo divino para sermos felizes. Não vejo por aí. Eu mesmo conheço inúmeros ateus bem felizes e obrigado!! Faço uma comparação com o que aconteceu naquela Olimpíada em que o Roberto Schinyashiki foi levado com a delegação para trabalhar o lado emocional e psicólogo dos atletas...adiantou alguma coisa, pergunto?NÃO!! Resultado: o Brasil não ganhou nenhuma medalha de ouro (Sidnei 2000, se eu não me engano) e amargou um desempenho bem abaixo do esperado.
Enfim, o que quero dizer - e como você bem salienta no blog - é que a questão de se ter uma vida positiva, em todos seus aspectos, é algo que transcende teorias que porventura possam criar uma "teoria geral de como ser feliz"...muito pelo contrário: cada pessoa tem um jeito de encarar a felicidade e é muito mais conhecendo seu inconsciente que traremos à tona seus verdadeiros anseios.
Um grande abraço...Tentei escrever isso no blog, mas não tinha espaço (se conseguir recortar e colocar lá por mim, agradeço)...ah! Espontâneo é com "s", tá? ...uma crítica ácida, como você mesmo disse (isso não precisa colocar, claro!!eheheheheheheheheh!!!)
Atenciosamente, Fadel Neto
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