DIREITO AO PRAZER OU...

...OBRIGAÇÃO DE TRANSAR
No outro dia eu ouvi um dialogo na novela (não citarei qual para não fazer marketing) que causou certa, indignação apesar de já ter me acostumado, embora não concorde, com o jeito desta geração, abaixo dos 30 anos. O diálogo na realidade não era bem um diálogo, mais parecia uma ordem, (pasmem) dada pela filha a sua mãe, a última frase era: “Você precisa arranjar um homem, não como companheiro, mas para sua cama” as palavras não eram bem estas, mas o sentido era este mesmo, ou seja o que importa não é a amizade, o amor, mas a relação sexual.
OK. O prazer será sempre bem vindo, nossa geração lutou pela liberdade sexual pelo direito ao orgasmo feminino, mas espera aí, “uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa” (com a devida licença de quem criou a frase). Com isto quero dizer o seguinte todos humanos tem o direito ao prazer, agora direito não pode, não deve tornar-se uma obrigação. Além do mais, apesar desta tão propalada liberdade de diálogo entre pais e filhos, eu particularmente acho constrangedor, que tanto os pais , e principalmente filhos, se envolva em intimidades sexuais, a não ser como orientação. Esse negócio de pais que querem saber, a não ser que a própria pessoa queira contar, espontaneamente, ou que a filha queira saber sobre transas dos pais e VICE E VERSA, por mais moderno que pareça ser, na realidade indica uma promiscuidade entre pessoas, que impede que individualidade exista, individualidade esta que é extremamente necessária a uma vida saudável.
Fica claro então que, o prazer que deveria ser um direito individual passa a ser uma obrigação social, cuja falta é colocada como coisa do passado, caretice e coisa e tal. Quando isso acontece, isto é, O PRAZER vira OBRIGAÇÃO, uma coisa ; aquilo que deveria ser muito agradável, começa a virar uma chatice sem fim, como são todas as obrigações.
Será que, haverá um dia, em que, quem não transar vai ser literalmente condenado? Será que, aquilo que, deveria ser a máxima da liberdade individual, passará ser uma obrigação legal?